Na Bélgica, um gato se tornou o primeiro felino a testar positivo para o novo coronavírus. Segundo a Agência Federal para a Segurança da Cadeia Alimentar (AFSCA), responsável pela saúde animal no país, o vírus foi detectado nas fezes e no vômito do animal, provavelmente infectado pelo seu dono, que foi testado positivo e esteve recentemente na Itália.
“A faculdade de medicina veterinária da Universidade de Liège relatou que uma infecção por coronavírus foi detectada no gato. O felino morava com seu dono, que começou a mostrar os sintomas do vírus uma semana antes do animal”, disse Steven Van Gucht, professor da Universidade Ghent que estudou o caso, ao jornal belga The Brussels Times.
Ainda não há confirmação científica de que possa acontecer o contágio de coronavírus entre animais e humanos. No entanto, além do gato na Bélgica, dois cães em Hong Kong, na China, contraíram a doença. Os animais não apresentaram sintomas, exceto o gato. No total, no mundo, foram apenas três casos de contágio de animais.
Os especialistas não sabem ao certo explicar o motivo da infecção do felino, mas explicam que os donos de pets não precisam se preocupar. “Queremos enfatizar que esse é um caso isolado. Além disso, estamos falando de uma transmissão humano-animal, e não o contrário”, destacou Van Gucht. “Não há indicações de que isso seja comum”.
O cientista destacou ainda que um animal de estimação só pode transmitir a doença se uma pessoa infectada acariciá-lo e, depois, ele for afagado por outro indivíduo. Ainda assim, o Conselho Nacional de Proteção Animal dos Estados Unidos afirmou ao The Brussels Times que “animais não são vetores da epidemia, então não há razão para abandoná-los”.
“O risco de transmissão do vírus de animais para humanos é negligenciável se comparado com o risco de transmissão por meio do contato direto com pessoas”, diz o comunicado oficial da agência de saúde belga.
Fonte: The Brussels Times e Revistas Exame e Galileu.
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