Covid-19: Em ‘leilão’ de suprimentos médicos, EUA triplicam pagamento e fazem China cancelar compras de outros países

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Produtora de mais da metade das máscaras de proteção do mundo, a China está no centro de uma batalha global por equipamentos essenciais no combate ao novo coronavírus. Enquanto os Estados Unidos fecharam acordo para compra de luvas, máscaras e roupas transportados por ao menos vinte voos fretados, países como Brasil, França e Canadá questionam o cancelamento de pedidos que já haviam sido fechados com fornecedores chineses.

“Perdemos um pedido para os americanos que nos superaram em uma remessa que tínhamos feito”, diz Valérie Pécresse, presidente da região de Ile-de-France. Segundo Pécresse, as máscaras que chegaram aos Estados Unidos da China haviam sido encomendadas por autoridades francesas. Ela afirma que a França não recebeu o material porque os Estados Unidos teriam oferecido valor três vezes maior por elas.

Na quarta-feira (1), o ministro da Saúde do Brasil, Luiz Henrique Mandetta, havia feito declaração similar, afirmando que compras brasileiras haviam “caído” depois da confirmação das compras americanas. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também pediu para que as autoridades investigassem o suposto desvio de máscaras do país para os Estados Unidos.

Segundo o New York Times, a negociação entre empresas privadas americanas e chinesas foi feita com ajuda da mediação do genro do presidente americano Donald Trump, Jared Kushner. O avião que pousou no domingo em Nova York vindo de Xangai trazia 130 mil máscaras N-95, quase 1,8 milhões de máscaras cirúrgicas e roupas e mais de 10,3 milhões de luvas, além de 70 mil termômetros.

Fonte: New York Times e O Globo

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