A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu nesta segunda-feira (6) o uso interno do aplicativo de teleconferências Zoom. O software foi alvo de dois relatos sobre potenciais falhas de segurança que expuseram vídeos particulares de usuários na internet.
Com o isolamento social e o regime de teletrabalho, o Zoom passou de 10 milhões para 200 milhões de usuários de dezembro do ano passado a abril, em meio à pandemia do novo coronavírus. A área de tecnologia da informação da Anvisa teria tomado contato com análises de especialistas em segurança cibernética em fóruns internacionais nas quais foram apontadas falhas graves de segurança no recurso Zoom meeting.
Essas vulnerabilidades podem ser exploradas por invasores, que conseguiriam acessar a câmera e o microfone de usuários, bem como os conteúdos das reuniões realizadas por meio deste recurso. O próprio diretor executivo da empresa responsável pela ferramenta, Eric Yuan, reconheceu as falhas, informando que a equipe está buscando adotar medidas para qualificar a estrutura de segurança do programa.
Yuan declarou que a companhia não conseguiu assegurar mecanismos adequados diante do aumento exponencial da base de usuários. “Nós admitimos que frustramos as expectativas de privacidade nossa e da comunidade. Por isso, peço desculpas e divido que estamos fazendo algo a respeito”, escreveu no blog da empresa na última quarta-feira (1º).
Uma das providências mencionadas por Yuan foi a interrupção do repasse de dados ao Facebook. Outros rastreadores e ferramentas de monitoramento também foram retirados ou pararam de coletar dados, como uma relacionada à rede social Linkedin.
A política de privacidade foi atualizada no dia 29 de março. Segundo a empresa, para deixar claro que ela não vende dados a terceiros, embora esta seja apenas uma das formas de abuso na coleta e tratamento de dados de clientes.
Fonte: Agência Brasil
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