Atualizado em 22/05/20 às 18h37
O Ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, determinou que o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril seja tornado público, exceto os trechos em que há referências a nações estrangeiras.
Segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou no encontro que interferiria na Polícia Federal para proteger amigos e familiares.
As restrições impostas por Celso de Mello atendem a pedidos da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), ambas contrárias à divulgação do conteúdo na íntegra. A PGR defendeu que se tornassem públicas apenas as falas de Bolsonaro na reunião que tivessem relação com o inquérito. A AGU defendeu que todas as falas do presidente se tornassem públicas. Já a defesa de Moro defendeu a divulgação na íntegra do vídeo, que deixaria claro o “tom autoritário” de Jair Bolsonaro.
Segundo relatos da reunião, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) culpou a China pela pandemia de coronavírus, o ministro Abraham Weintraub (Educação) atacou ministros do STF no encontro e a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) defendeu a prisão de prefeitos e governadores.
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