Desde 1998, ano em que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais passou a monitorar o Pantanal, a localidade não havia registrado números tão altos de incêndios em um mês de julho. Se registraram 1.684 queimadas, o que, na comparação com julho do ano anterior, quando foram registrados 494, representou um aumento de 3,4 vezes.
A Amazônia também representou aumentos recordes de incêndios. Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, os incêndios na Amazônia e Pantanal tem correlação. “Existem muitos estudos no Brasil que mostram como a umidade que sai da Amazônia abastece outras regiões do país, no Centro Oeste, Sudeste e Sul”, disse em entrevista ao El País.
Houve uma diminuição de 50% nas chuvas no Pantanal, o que representa, para Astrini, uma consequência da situação na Amazônia, apesar da distância entre os dois biomas. Segundo o secretário-executivo do Observatório do Clima, um fenômeno chamado “rios voadores”, que é a concentração de água em estado gasoso (vapor) em movimento e que chega da Amazônia, é responsável por levar a umidade para outras partes do país. Com queimadas na Amazônia, há um desequilíbrio no ciclo, o que leva a diminuir a umidade e chuvas no Pantanal, facilitando os incêndios. Com informações do El País.
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