Com a paralização das atividades, alguns segmentos da sociedade sofreram mais do que outros, é o que constatou na prática a coordenadora do projeto Corra para o Abraço, Trícia Calmon. Em matéria neste mês de outubro no CN, foi divulgado que a riqueza dos bilionários bate recorde na pandemia em meio a alta de desemprego.
Em entrevista ao site da Defensoria Pública da Bahia, publicada nesta sexta-feira (16), Trícia disse que o programa Corra para o Abraço precisou fazer esforços ainda maiores para conter o aumento da extrema-pobreza e crescimento no número de pessoas em situação de rua. “O programa redobrou a doação de água mineral, kits de higiene e lanche que passou a ser distribuído em todos os campos de forma temporária”, disse a coordenadora do Corra para o Abraço, que há 20 anos milita nos movimentos sociais, em defesa dos menos favorecidos. “Colocou [o projeto] à disposição todos os seus recursos e organizou, logo na primeira semana, uma campanha de arrecadação que tem sido fundamental, uma vez que apenas os recursos do programa não dariam conta da demanda”, completa.
O próprio projeto teve sua dinâmica mudada, com oficinas de arte e educação paralisadas até julho. Para Trícia, foi notória a ampliação do número de pessoas em situação de rua. “Sem trabalho formal e informal, não foi possível para muita gente manter os alugueis e custos de viver em uma casa”, contou.
O Corra pro Abraço é um programa de redução de danos do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – SJDHDS, executado em parceria com as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, Comunidade Cidadania e Vida e também a Cipó Comunicação Interativa. Seu objetivo é promover cidadania e garantir direitos de pessoas que fazem uso abusivo de drogas em contextos de vulnerabilidade ou são afetadas por problemas relacionados à criminalização das drogas, baseado nas estratégias de redução de danos físicos e sociais.
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