Em reunião virtual com governadores, na tarde desta terça-feira (20), o ministro da Saúde Eduardo Pazuello assinou um protocolo de intenções por meio do qual o Brasil deve adquirir 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
Segundo o Ministério da Saúde, esta ação deve ampliar a oferta de vacinação para os brasileiros. O ministério já tinha acordo com a AstraZeneca/Oxford, que previa 100 milhões de doses da vacina, e outro acordo com a iniciativa Covax, da Organização Mundial da Saúde, com mais 40 milhões de doses. Somadas representam 186 milhões de doses, a serem disponibilizadas ainda no primeiro semestre de 2021. Para o protocolo de intenções de compra de doses da CoronaVac, uma nova medida provisória será editada para disponibilizar crédito orçamentário de R$ 1,9 bilhão.
De acordo com o ministro, a vacina não será obrigatória e as doses serão distribuídas em todo o Brasil por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Este anuncio acontece logo após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmar que a vacinação contra a covid-19 no estado será obrigatória. Ele chegou a dizer que, em caso de necessidade, usaria a força da lei para fazer com que a vacina fosse aplicada em toda a população de São Paulo.
A expectativa do Ministério da Saúde é que a vacinação possa ser iniciada em janeiro do próximo ano. Mas alerta que isso vai depender dos resultados da Fase 3 das vacinas, que testa eficácia, e de liberação da Anvisa. Recentemente, o Caderno de Notícias divulgou que a vacina chinesa havia causado reações adversas e leves à 35% dos nove mil voluntários que participaram da testagem, mas não houve efeitos colaterais graves.
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