Após a decisão do Governo Federal de deixar vencer o contrato com a empresa que realiza exames de genotipagem para pessoas que vivem com HIV, aids e hepatites virais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Articulação Nacional de Luta contra a aids (Anaids) se posicionou ao ameaçar levar o caso ao Ministério Público Federal (MPF).
O contrato com a empresa que fazia os exames terminou em novembro. Um mês antes, no dia 7 de outubro, o Ministério da Saúde fez pregão para buscar uma nova empresa para realizar o serviço, mas a empresa vencedora do pregão não anexou todos os documentos exigidos no edital.
Até o momento, não há estimativa de quando será um novo pregão, mas se fosse realizado ainda esta semana, os exames só poderiam voltar a acontecer com cobertura do SUS em janeiro.
Os exames de genotipagem são importantes para monitorar pacientes e definir o tratamento mais adequado, com base na resistência aos medicamentos que pode surgir com o tempo.
Mesmo antes de ser presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) já havia se posicionado sobre o tratamento de pessoas soropositivas, ao dizer, para o programa CQC, que “o problema é delas”, alegando que o Estado não teria obrigação de arcar com o tratamento.
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