“Câmara terá obrigação de colocar impeachment em pauta, caso governo insista em atrasar cronograma de vacinação”, diz Lídice

Ao todo, por vários motivos, até meados de agosto, 1459 pessoas e organizações pediram impeachment de Jair Bolsonaro

A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) afirmou, nesta quarta-feira (9), que o impeachment do presidente Jair Bolsonaro será inevitável, caso o governo insista em atrasar o cronograma de vacinação contra o coronavírus. Para a parlamentar socialista, a Câmara dos Deputados terá a obrigação de colocar em pauta os vários projetos de impedimento do Presidente da República, uma vez que essa negligência representa grave crime de responsabilidade.

“Temos uma gestão que facilita a compra de armas, promovendo aquilo que causa morte e dificulta o diálogo com governadores e prefeitos para adquirirmos e prepararmos o Brasil para um período de vacinação. Estamos diante de quase 180 mil mortes e o governo não tem nenhuma empatia com a dor do povo brasileiro”, afirmou durante sessão virtual.

Ao todo, por vários motivos relacionados a pandemia, 1459 pessoas e organizações assinaram pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro até meados de agosto. Dos 54 pedidos enviados ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e recebidos pela casa, apenas um foi arquivado até hoje. No total, incluindo aditamentos e pedidos rejeitados e retirados pelos autores, foram 58.

Em maio deste ano, representantes de partidos de oposição e de cerca de 400 entidades entregaram na Câmara um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro. No documento, afirmam que o presidente cometeu crime de responsabilidade, atentando contra a saúde pública durante a pandemia do novo coronavírus, por meio de declarações e da participação em atos públicos em desacordo com orientações de autoridades sanitárias.

Diversos países já têm seu plano e cronograma de vacinação adiantado e, em alguns casos, iniciado, como no Reino Unido que, na última terça-feira (8), começou a vacinar sua população com a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech. No mesmo dia, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela Farmacêutica AstraZeneca, foi a primeira a ter os resultados da terceira fase de testes divulgados e publicados em revista científica.

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