Chamada de B.1.1.7., a nova variante do vírus Sars-Cov-2, que já assustava autoridades no Brasil e no mundo quando surgiram os primeiros casos no Reino Unido, tem sido pesquisada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, que publicaram nesta terça-feira (5) um estudo que dá detalhes de como o novo vírus pode ser mais transmissível.
O estudo, que ainda não foi revisado por outros especialistas e não foi aceito por revistas científicas, aponta que uma mutação no RNA faz a versão do Sars-Cov-2 descoberta há um ano em Wuhan, na China, ser diferente da nova variante do Reino Unido porque onde estava o asparagina passou a ficar o tirosina. Ambos são aminoácidos, ou seja, são formadores de proteínas.
O Sars-Cov-2 causa a Covid-19 quando a proteína na estrutura do vírus, chamada spike, interage com o ACE2, que é o receptor de proteína das células humanas. O spike é que dá origem ao termo coronavírus, pois faz o formato do vírus parecer o de uma coroa, com pequenas pontas.
A troca de um aminoácido pelo outro, fruto da mutação genética, torna o vírus muito mais contagioso, segundo o estudo. Mais de 30 países já têm casos da nova variante, inclusive o Brasil, com dois casos em São Paulo. No entanto, não se sabe se a nova variante é mais letal ou se as atuais vacinas contra Covid-19 terão a mesma eficiência. Com informações do G1.
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