De acordo com o médico Ricardo Schnekenberg, pesquisador da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o Brasil precisa entrar em “lockdown” nacional. Para Ricardo, a abordagem regional da pandemia tem problemas práticos, e não basta que Estados apliquem restrições.
“Não estamos na mesma situação de março, em que se falava em lockdown e não se tinha perspectiva de quanto tempo iria demorar. Agora (com as vacinas) temos um horizonte muito mais próximo. É uma medida de curto prazo, que não faz o vírus desaparecer, mas reduz o número de casos para que outras sejam implementadas e tenham efeito a longo prazo“, explicou ao jornal O Globo.
Segundo Ricardo, como o Reino Unido, o governo federal deveria implementar o confinamento, com organização a nível nacional. “Na situação em que o Brasil está, com transmissão comunitária em graus tão elevados, outras medidas de controle não são efetivas”, afirmou.
O pesquisador acredita que o confinamento deve ser “intenso”, com o fechamento de todas as atividades não essenciais. “Acredito que um lockdown extremamente intenso seja necessário, mantendo somente atividades essenciais e estabelecendo fiscalização forte para que as pessoas respeitem as regras. Cada domicílio deve conviver dentro de sua bolha familiar até o final do lockdown, com as únicas saídas diárias permitidas para compra de itens essenciais, consultas médicas e exercício físico ao ar livre respeitando o distanciamento social”.
Na última quinta-feira (7), o Brasil alcançou a triste marca de 200 mil mortos pela doença causada pelo vírus Sars-Cov-2.
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