Com mais de 200 mil mortes por Covid-19, o segundo país mais atingido pela doença causada pelo Sars-Cov-2 começou neste domingo a vacinação (17). Mais de 50 países já começaram a vacinação e alguns deles já estão na segunda dose da vacina, mas até o início da tarde deste domingo (17), o país mais populoso da América do Sul sequer tinha imunizantes autorizados pelo governo para seu início de imunização em massa.
Após três dos cinco diretores da Agência Vigilância Sanitária (Anvisa) votarem pela autorização da CoronaVac, imunizante produzido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a vitória por maioria simples tornou possível o início da vacinação para esta semana, como havia estimado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com os prefeitos na última quinta-feira (14).
No entanto, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que já tinha à disposição algumas doses de CoronaVac, autorizou a vacinação em São Paulo no próprio domingo (17), dando início oficialmente à vacinação contra a Covid-19 no Brasil. A primeira pessoa vacinada no Brasil foi a enfermeira Mônica Calazans, mulher negra de 54 anos que trabalha na linha de frente contra a Covid-19 desde o início da pandemia. A aplicação da dose em Mônica foi possível, apesar de o Ministério da Saúde não ter autorizado oficialmente o início da vacinação no país, porque Mônica foi voluntária para os testes com CoronaVac e tomou placebo, o que possibilitou que ela fosse imunizada. Outros voluntários que tomaram placebo devem ser imunizados nos próximos dias.
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