A vacinação contra a Covid-19 no Brasil começou neste domingo (17), em São Paulo. Serão seis milhões de doses de CoronaVac distribuídas pelos 26 estados do país e Distrito Federal.
No entanto, das 8 milhões que haviam sido anunciadas na última quarta (13) pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, ficaram faltando dois milhões de doses, que seriam do imunizante da Oxford e que seriam importadas da Índia.
Na ocasião, a Índia comunicou que não havia fechado acordo com o governo brasileiro e que era cedo para exportar vacinas, já que sua vacinação havia iniciado naquela semana.
No entanto, a Índia anunciou em nota nesta terça-feira (19) que começará esta semana a exportar vacinas para seis países: Butão, Ilhas Maldivas, Bangladesh, Nepal, Mianmar e Ilhas Seychelles. O Brasil ficou de fora, embora o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido), tenha previsto a compra de vacina do país asiático “em um futuro próximo”, em “dois ou três dias”.
Eduardo Pazuello disse na segunda-feira (18) que a diferença de fuso horário entre Brasil e Índia tem prejudicado as negociações. “Todos os dias nós temos tido reuniões diplomáticas com a Índia. O fuso horário é muito complicado. Não há uma resposta positiva de saída até agora”.
Além dos seis países que a Índia já confirmou que vai exportar, outros três estão na lista do governo indiano para receberem imunizantes produzidos no país, faltando apenas alguns documentos para concretizar a exportação. São eles Sri Lanka, Afeganistão e Ilhas Maurício.
A Índia não é o único país asiático que o governo brasileiro tem dificuldade na comunicação. O princípio ativo da CoronaVac, que se chama Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), vem da China, mas os ataques feitos por membros do governo brasileiro e da família Bolsonaro à China, com insinuações de teorias da conspiração contra o governo chinês, têm dificultado negociações entre os dois países. Com informações das agências internacionais.
Siga o CN no Insta | Face | Twitter e YouTube.