Primeiro imunizante contra a Covid-19 a ter aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para uso emergencial, a vacina da Pfizer fez testes na Bahia com 1.500 voluntários, mas não venderá doses para o estado.
O secretário de Saúde do Estado (Sesab), Fábio Vilas-Boas, se manifestou nesta quinta-feira (21) no Twitter sobre a não concretização de venda da vacina da Pfizer para o governo baiano. “Em 2020 reuniram-se oficialmente com o governador Rui Costa para vender a vacina e a partir dali nos preparamos. Apoiamos o centro de pesquisas da OSID (Obras Sociais Irmã Dulce), investimos na montagem de uma rede de ultracongeladores e, agora, nos informam que venderam tudo pra outros países”, escreveu Vilas-Boas.
Em 2020 reuniram-se oficialmente com o Gov @costa_rui pra vender a vacina e a partir dali no preparamos. Apoiamos o centro de pesquisas da OSID (Irmã Dulce), investimos na montagem de uma rede de ultracongeladores e, agora, nos informam que venderam tudo pra outros países.
— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) January 21, 2021
Até o momento, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) só autorizou o uso de dois imunizantes contra a Covid-19 no Brasil: a CoronaVac, que tem sido usada em todo o país, e a vacina da AstraZeneca/Oxford, que ainda não foi aplicada no país, embora o Governo Federal tenha anunciado duas milhões de doses importadas da Índia na semana passada.
O Governo da Bahia tenta, através de ação no Supremo Tribunal Federal (STF), conseguir a compra direta da Sputnik V. A Prefeitura de Salvador se mostrou interessada em fazer aliança com o Governo do Estado para adquirir o imunizante russo.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), responsabilizou o Governo Federal pelo insucesso da vacinação contra a Covid-19 como um todo no Brasil, inclusive pela não concretização de venda das doses da Pfizer para o Governo do Estado. “Prefiro não fazer acusações ao laboratório. A Pfizer nos procurou e ofereceu 70 milhões de doses e estão registradas as declarações do presidente, dizendo que não iria assinar um pré-contrato. Uma atitude de desprezo com a vida humana. Quem tem o mínimo de racionalidade sabe que não tem vacina para todo o planeta. Naquele momento a Pfizer nos avisou de que se não fizéssemos um pré-contrato, ele faria com outros países”, disse Rui Costa em entrevista à TV nesta quinta-feira (21).
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