A vacina da Pfizer e da BioNTech, que não está autorizada para uso emergencial no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poderá imunizar mais de 700 voluntários de seus testes em Salvador.
Serão vacinadas as pessoas que receberam placebo no estudo, o que é autorizado pela Anvisa. A informação, que foi divulgada pela Pfizer em nota emitida nesta quinta-feira (21), veio no mesmo dia em que o secretário de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Fábio Vilas-Boas, mostrou indignação em postagem no Twitter pelo fato de não ter conseguido comprar vacinas da empresa.
Vilas-Boas alegou que a empresa deveria dar prioridade de compra para a Bahia pelo fato de que a Pfizer fez testes com a vacina no estado. Na mesma nota em que anunciou a imunização dos voluntários em Salvador, a Pfizer alegou que “em nenhum momento a condução do estudo esteve conectado com aspectos comerciais” e que “o cenário de disponibilidade tem mudado radicalmente, priorizando países que fizeram a aquisição antecipada ano passado”.
O secretário estadual de Saúde admitiu que não entrou em negociações, mas que ainda assim, a Pfizer deveria dar prioridade para o estado. “Nós não impusemos condições para nos voluntariamos. No entanto, eu considero um sinal de comprometimento moral e ético da empresa, já que ela se valeu de baianos pela pesquisa. Queremos apenas uma quantidade que possa preencher esse vazio que pode acontecer nas próximas semanas caso não vier o nosso suprimento para CoronaVac”, disse em entrevista à TV Bahia.
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