A vacinação contra a Covid-19 em Salvador começou nesta terça-feira (19) e levou esperança para muitos moradores da capital baiana. No entanto, o secretário municipal de Saúde, Leonardo Prates (PDT), não avalia como positiva a primeira semana de imunização por conta dos baixos números de doses recebidas. “É muito pouco. Se você me perguntar se eu estou frustrado, eu respondo que estou. Termino esta semana frustrado”, disse Prates ao jornal A Tarde, nesta sexta-feira (22).
O secretário municipal de Saúde enxerga como solução para o problema um envio maior de doses de vacinas, para que a estrutura da Prefeitura de Salvador possa ser usada. “Se eu pudesse pegar e mobilizar toda a minha estrutura, 150 salas de vacina, os 9 drive-thrus, que eu queria mobilizar, seria muito mais fácil”.
Até o final da manhã desta sexta-feira (22), pouco mais de 9 mil pessoas foram vacinadas em Salvador, segundo a Prefeitura de Salvador. Duas milhões de doses da vacina da Oxford/AstraZeneca chegam no Brasil nesta sexta-feira (22) e 29 mil destas doses estão reservadas para Salvador, o que para Prates continua sendo pouco.
O Governo do Estado entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) no último sábado (16) para realizar compra direta do imunizante Sptutnik V, que ainda não recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. A Prefeitura de Salvador mostrou interesse em se alinhar ao Governo do Estado para adquirir a Sputnik V.
A Pfizer anunciou que vai vacinar mais de 700 pessoas em Salvador, que foram voluntárias dos testes para o imunizante da Pfizer e da BioNTech que receberam placebo. No entanto, a empresa não vendeu vacinas para o governo e seus imunizantes ainda não têm autorização da Anvisa para uso emergencial. Até o momento, todas as aplicações de vacinas em Salvador e no Brasil foram de doses da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o instituto Butantan.
Siga o CN no Insta | Face | Twitter e YouTube.
