O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nomeou para o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura um ex-capitão da marinha discípulo do escritor Olavo de Carvalho. Eduardo Miranda Freire de Melo já teve passagem por outros setores do Governo Federal, como o Ministério da Educação e a TV Escola.
A nomeação ao órgão de combate à tortura, porém, foi alvo de críticas porque o escritor do qual Eduardo é discípulo já chegou a relativizar tortura, em artigo escrito no jornal O Globo, em 2001. “Terrorismo e tortura, enfim, não estão no mesmo plano: aquele é hediondo em si, esta depende de graus e circunstâncias. E, quanto ao dano infligido, o da tortura quase sempre pode ser reparado, física e moralmente. Mas que reparação oferecer à vítima que teve o corpo feito em mil pedaços pela explosão de uma bomba? A Humanidade inteira admite essas verdades óbvias. Só uma classe de seres humanos as rejeita: os ‘intelectuais de esquerda’”, escreveu na ocasião Olavo de Carvalho, que não se retratou até hoje sobre o artigo.
Atualmente, Eduardo Miranda Freire de Melo é secretário-adjunto do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
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