Suspeição de Moro pode ser votada no STF, apesar da decisão de Fachin

Defesa de Lula entrou, em 2018, com habeas corpus que pediu suspeição do então juiz federal. Condenações contra ex-presidente foram anuladas

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, de anular condenações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato em Curitiba pode não impedir a votação, pela segunda turma do STF, do habeas corpus de 2018 que pede a suspeição de Sérgio Moro.

A decisão de Fachin nesta segunda-feira (8), além de anular as condenações contra Lula, também poderia prejudicar anular habeas corpus que pede a suspeição do então juiz federal, pelo entendimento de que não seria da competência de Curitiba julgar as denúncias contra Lula. Dessa forma, a suspeição de Moro não poderia ser votada.

Porém, o ministro Gilmar Mendes, segundo informações de agências de notícias de Brasília, deve colocar para apreciação o habeas corpus que foi pedido pela defesa de Lula, indo em direção contrária ao seu colega, Edson Fachin. A expectativa é que, se colocada em apreciação, deverá haver vitória pela demanda da defesa do ex-presidente por 3 a 2.

O habeas corpus que pede a suspeição de Sérgio Moro está com Gilmar Mendes desde 2018 e já foi votado por dois dos cinco ministros da segunda turma do STF: Carmen Lucia e Edson Fachin, que votaram contra a suspeição. Faltam votar Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.

Lula foi condenado em segunda instância pelo TRF-4, em abril de 2018, após acusações de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, quando Sérgio Moro era juiz federal. O ex-presidente ficou mais de um ano preso em Curitiba.

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