O novo ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, descartou o lockdown nacional como medida de diminuir a disseminação de Covid-19, doença que já matou mais de 279 mil pessoas no Brasil em um ano de pandemia até o momento. O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, com mais de 535 mil mortes. Porém, os Estados Unidos atualmente têm tido números diários de mortes por Covid-19 menores do que o do Brasil.
Quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia, Marcelo Queiroga é o terceiro médico a liderar a pasta no período e falou em entrevista à CNN Brasil que os médicos têm autonomia para prescrever, apesar de se dizer contra o uso da cloroquina para combater a doença causada pelo vírus Sars-Cov-2. “Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, disse Queiroga.
A queda dos dois primeiros ministros da saúde, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, ambos médicos, se deu por divergências com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na condução da pandemia. Bolsonaro se mostra favorável ao “tratamento precoce”, que tem comprovação científica de sua ineficácia contra a Covid-19 e que recebeu adesão do recente ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello.
O primeiro nome sondado para assumir a pasta no lugar de Pazuello foi o da médica Ludhmila Abrahão Hajjar. No entanto, após conversa com o presidente da República, com seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, e o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Ludhmila se mostrou indisposta a seguir os métodos de Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19. Ludhmila pretendia seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), incluindo o lockdown.
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