Com as 2.736 mortes por Covid-19 em 24 horas no Brasil registradas na noite desta quarta-feira (17) pelo consórcio de imprensa, o Brasil alcançou, pela primeira vez, uma média móvel acima de 2 mil mortes pela doença desde o início da pandemia. A atual média móvel, que soma as mortes diárias por Covid-19 dos últimos sete dias e divide o resultado por sete, é 2.031. Os dados do consórcio de imprensa são baseados nas informações fornecidas pelas secretarias estaduais e pela secretaria do Distrito Federal de Saúde.
Nesta terça-feira (16), o Brasil bateu recorde de mortes por Covid-19 em 24 horas: 2.798 perderam a vida em decorrência da doença, que já matou mais de 280 mil brasileiros em um ano. O Brasil é o segundo país com mais mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 536 mil mortes pela doença.
Na semana passada, no dia 10 de março, o Brasil ultrapassou pela primeira vez a marca de 2 mil mortes em 24 horas por Covid-19. Segundo o cientista brasileiro Miguel Nicolelis, em entrevista ao El País Brasil no início do mês, se o Brasil não adotar um lockdown nacional urgentemente, em semanas o país poderá alcançar a marca de 3 mil mortes diárias por covid-19. O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já sinalizou que o lockdown nacional não está nos planos e disse que só será adotado “em casos extremos”, apesar de não especificar o que seriam os casos extremos a que se refere.
Toques de recolher e medidas restritivas, que impedem atividades não essenciais de serem exercidas, têm sido adotados, por decretos, por prefeitos e governadores de todo o país. Segundo o governador da Bahia, Rui Costa (PT), as medidas restritivas têm diminuído o contágio no estado. Os leitos de UTI estão com lotação acima de 80% e a maioria dos estados brasileiros têm tido alta em número de mortes e número de novos casos de Covid-19. A estimativa de vacinar toda a população, por sua vez, não foi definida, mas o secretário de Saúde de Salvador, Leonardo Prates, disse no início da vacinação contra a Covid-19 que a imunização de toda a população da capital baiana deve acontecer até junho de 2022. Depois da estimativa, porém, Prates chegou a reclamar do ritmo da vacinação e criticou a distribuição dos imunizantes. A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab), por sua vez, não poupou críticas ao Ministério da Saúde e disse que, no ritmo de fevereiro, a população só será toda vacinada em 2025.
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