Segunda turma do STF declara que Moro foi parcial ao condenar Lula

Resultado da votação foi 3 a 2 com mudança de voto da ministra Cármen Lúcia

Em votação pela suspeição de Sérgio Moro nesta terça-feira (23), por conta da condenação do ex-presidente Lula, em 2018, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou o ex-juiz federal parcial. O placar estava 2 a 2 e o voto do ministro Nunes Marques, que no dia 9 desde mês pediu tempo para se aprofundar no caso, desempataria a decisão.

No entanto, a ministra Cármen Lúcia, que havia votado contra a suspeição de Moro, mudou o voto. Mesmo com o voto contra a suspeição de Moro dado por Nunes Marques, o placar, com a mudança de posicionamento de Cármen Lúcia ficou 3 a 2 pela suspeição do ex-juiz federal.

Moro foi alvo de habeas corpus da defesa de Lula em 2018, que discutia a parcialidade do então juiz. A votação sobre a suspeição de Moro foi retomada no dia 9 deste mês, após o ministro Edson Fachin, também da segunda turma, anular todas as condenações contra Lula na Lava Jato, um dia antes, o que tornou o ex-presidente elegível na próxima eleição presidencial, em 2022.

Com a decisão, o processo do triplex do Guarujá, que envolve Lula na Operação Lava Jato, terá que reiniciar da estaca zero e nenhuma prova colhida até agora poderá ser usada em um eventual novo julgamento.

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