O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse na semana passada que as empresas investigadas na maior apreensão de madeira da história do Brasil estão com a razão. A operação no Pará apreendeu 200 mil metros cúbicos de madeira e as empresas responsáveis pelo material não apresentaram documentos pedidos pela Polícia Federal.
O episódio fez o chefe da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, se posicionar. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Saraiva, que há mais de dez anos ocupa cargos de superintendente da PF e que antes atuou em Roraima e no Maranhão, disse que pela primeira vez que vê um ministro do Meio Ambiente ir contra uma ação que tem como intenção proteger a floresta amazônica. “É como um ministro do Trabalho ser contra uma operação que combate o trabalho escravo”, disse Saraiva.
Saraiva disse ainda que, se as documentações do material apreendido forem entregues e estiverem dentro da lei, a madeira será liberada, mas não acredita que isso irá acontecer porque o material é ilegal e as empresas investigadas na operação, na verdade, são organizações criminosas.
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