Um estudo do Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos apontou, de forma preliminar, que as vacinas contra a Covid-19 da Pfizer e da Moderna não oferecem riscos a mulheres grávidas. A pesquisa foi publicada na quarta-feira (21) em uma das revistas científicas mais importantes do mundo, a “New England Journal of Medicine“.
De acordo com cientistas da CDC, de 14 dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, foram analisadas 35.691 mulheres grávidas. Eles avaliaram que “além de a vacinação proteger as mulheres contra Covid-19 e suas complicações durante a gravidez, evidências vêm mostrando a transferência pela placenta de anticorpos contra o Sars-CoV-2 após a vacinação durante o terceiro trimestre, o que sugere que a vacinação materna pode fornecer algum nível de proteção ao recém-nascido”.
Os pesquisadores ponderaram, entretanto, que não tinham dados sobre a transferência de anticorpos e o nível de proteção em relação ao momento da vacinação. Além disso, afirmaram que um acompanhamento mais longitudinal é necessário para informar os resultados maternos, da gravidez e do bebê.
Das 35.691 participantes, 30.887 (86,5%) estavam grávidas ao receber a vacina. As outras 4.804 tiveram um teste positivo de gravidez após serem vacinadas. Cerca de metade das participantes tomou a vacina da Pfizer (19.252) e a outra metade, a da Moderna (16.439).
No Brasil ainda não está disponível a vacina da Moderna. No início deste mês, o Ministério da Saúde informou que 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech chegaria ao país até 29 de abril. A vacina da Pfizer/BioNTech pode ser o terceiro imunizante contra a covid-19 no Brasil, além da CoronaVac e da vacina de Oxford/AstraZeneca.
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