Senadores que integram a CPI da Covid dizem que será inevitável prorrogar a comissão a fim de investigar as suspeitas de corrupção, reveladas pelo deputado Luís Miranda (DEM), relacionadas ao contrato da vacina indiana Covaxin.
De acordo com a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a prorrogação da CPI será decidida já na próxima semana. Se o requerimento for aprovado, a comissão, que deveria ter os trabalhos encerrados em 7 de agosto, continuará até o início de novembro.
Para a aprovação, são necessários 27 assinaturas. Segundo o senador Jorge Kajuru (Podemos), 35 assinaturas já estão confirmadas.
Entenda
De acordo com documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), a vacina indiana Covaxin foi a mais cara negociada pelo governo federal, custando R$ 80,70 a unidade. O valor é quatro vezes maior que o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a AstraZeneca, por exemplo.
A CPI da Covid investiga por que o governo agilizou os trâmites na compra da vacina indiana. Segundo um levantamento do TCU, o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o contrato da Covaxin, enquanto demorou 330 dias para ter um acordo com a Pfizer.
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