Em Angola, para a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Luanda, no último final de semana, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), em entrevista à Agencia Lusa, defendeu um consenso entre a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) e o governo angolano.
“Essa questão da Igreja Universal aqui afeta o governo e a sociedade brasileira pela penetração que essa igreja tem e pela participação política que ela possui [no Brasil], com um partido que é o Partido Republicano, que representa o pessoal da igreja”, explicou Mourão.
O vice-presidente afirmou que o governo brasileiro gostaria que se chegasse a um entendimento entre as duas partes. Há um embate entre a direção brasileira da Universal — fundada e liderada pelo bispo Edir Macedo —, e bispos e pastores angolanos que se rebelaram, desde o final de 2019, passando a contestar o comando geral da igreja.
“O governo brasileiro gostaria que se chegasse a um consenso entre essas duas partes e que o Estado angolano recebesse a delegação parlamentar brasileira que quer vir aqui para tentar chegar a um acordo e a um ponto em que se arrefeça as diferenças que ocorreram”, pediu Mourão.
Recentemente, o governo angolano reconheceu a direção angolana como a legítima representante da instituição religiosa no país. Sem terem seus vistos renovados, muitos pastores e bispos brasileiros saíram da Angola. Também houve suspensão da televisão evangélica Record.
Segundo Mourão, esta divisão interna criou um problema “no plano espiritual”, mas também “no plano político”. Ele defendeu a busca por “uma pacificação, apesar de não ser um assunto” que envolva diretamente o governo brasileiro. Trata-se de uma “questão mais privada”, concluiu. (Com informações de Metropoles).
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