O comitê norueguês do prêmio Nobel da Paz revelou, na manhã desta sexta-feira (8), os nomes dos jornalistas Maria Ressa, das Filipinas, e Dmitri Muratov, da Rússia, ganhadores do prêmio deste ano.
Ressa, repórter filipina-americana, é editora do Rappler, um site de jornalismo investigativo. Por quase 20 anos esteve como repórter investigativa no Sudeste Asiático para a CNN. Em 2019, foi presa acusada de violar uma controversa legislação contra “difamação cibernética” devido a uma reportagem em que acusava um empresário filipino de atividades ilegais. Atualmente, é considerada “a jornalista mais conhecida das Filipinas”.
Já Muratov é cofundador e editor-chefe do Novaia Gazeta (novo jornal, em russo), um dos principais jornais de oposição ao governo de Vladimir Putin. O comitê norueguês descreveu o veículo como o mais independente da Rússia atualmente.
Segundo a porta-voz do comitê, Berit Reiss-Andersen, a escolha foi um aceno à defesa das liberdades de imprensa e de expressão, “pré-requisitos para sociedades democráticas e a paz duradoura”.
“Esse prêmio não vai resolver os problemas que os jornalistas e a liberdade de expressão vêm enfrentando, mas joga luz sobre o trabalho dos jornalistas e o quão difícil é exercer a liberdade de expressão não apenas em regiões de conflito armado, mas em todo o mundo”, afirmou.
Ressa e Muratov foram escolhidos entre um universo de 329 candidatos, que incluía 234 indivíduos e 95 organizações – o terceiro maior número de todos os tempos. Os demais nomes na lista só serão tornados públicos daqui a cinco décadas, seguindo as regras do prêmio. (Fonte: A Tarde)
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