O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 90 dias o inquérito ligado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que apura se o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal para beneficiar aliados e familiares. O adiamento foi publicado nesta segunda-feira (11).
É a quarta vez que este inquérito é prorrogado, e o novo adiamento vale a partir de 27 de outubro — a última prorrogação neste caso foi feita no dia 20 de julho deste ano.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior, o presente inquérito”, diz o documento.
A investigação foi aberta em maio do ano passado, após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmar que o presidente agiu para interferir na PF, com pressão para alterações na composição da corporação.
O ex-juiz da Lava Jato deixou o governo na mesma época, após pressão do Palácio do Planalto para substituir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem — nome próximo da família presidencial.
Moraes assumiu a relatoria do caso no ano passado, quando o então relator, Celso de Mello, se aposentou e deixou a corte.
Milícias Digitais
Também foi prorrogado pelo ministro Alexandre de Moraes o inquérito que investiga supostas “milícias digitais“, envolvendo aliados do governo, que teriam atentado contra o Estado democrático de direito. Este inquérito passa a ser contado a partir do último dia 6, quando se encerrou a data para investigação.
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