O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (22), ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, que o valor decidido para o novo programa social do governo, o Auxílio Brasil, “tem responsabilidade”.
“Não faremos nenhuma aventura. Não queremos colocar em risco nada no tocante à economia”, disse o presidente. O pronunciamento de Bolsonaro acontece após uma sequência de fatos que mexeram com o mercado financeiro.
Na quinta-feira (21), quatro secretários do Ministério da Economia pediram demissão, entre eles Bruno Funchal, secretário do Tesouro e Orçamento, e Jeferson Bittencourt, secretário do Tesouro Nacional. Apesar de o motivo alegado ter sido “questões pessoais”, a motivação teria sido a discordância sobre o valor de R$ 400 do Auxílio Brasil e a fonte de custeio. Na quarta-feira (20), o ministro Paulo Guedes declarou que considerava alocar R$ 30 bilhões fora do teto para bancar os R$ 400 do novo auxílio.
A declaração impactou negativamente o mercado financeiro. Na manhã de quinta-feira (21), quando Bolsonaro voltou a falar em R$ 400, o mercado reagiu. O Ibovespa caiu mais de 4% e o dólar chegou aos R$ 5,70. Nesta sexta, a bolsa chegou a cair 4%, mas operava perto da estabilidade, em leve queda de 0,36%, a 107.345,98 pontos, por volta das 15h50. Já o dólar abriu em alta, nos R$ 5,70, mas teve leve queda de 0,06% ao longo da tarde, cotado a R$ 5,6544 na venda.
Na noite de quinta-feira, a comissão especial da Câmara dos Deputados, que analisava a proposta de emenda à constituição conhecida como PEC dos Precatórios aprovou o relatório do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). O relator apresentou uma complementação do voto que trouxe alterações na regra de correção do teto de gastos. Com isso, a proposta que soluciona a dívida da União em sentenças judiciais também abrirá espaço para o financiamento do novo programa social do governo, o Auxílio Brasil.
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