O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste domingo (24), em entrevista ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que a reforma administrativa poderá pagar parte da conta de R$ 30 bilhões que o governo vai precisar para cumprir com a mensalidade de R$ 400 do Auxílio Brasil até o final do próximo ano.
Segundo Guedes, com a previsão de R$ 300 bilhões de economia no acumulado da próxima década, com a aprovação da reforma “não teria problema” em conceder o auxílio para os mais pobres neste momento.
O ministro disse ainda que continua defendendo o teto, mas é preciso “calibrar” a ala política e a econômica. “Eu sou defensor e vou continuar defendendo teto, agora, o presidente tem que tomar decisão política muito difícil. Eu tenho que calibrar essa ajuda”, disse.
Em complemento com a fala de Guedes, Bolsonaro reafirmou que a reforma administrativa não impactaria os atuais servidores. O ministro atribuiu o cálculo da economia a critérios de “meritocracia” e “disciplinamento” nas futuras contratações de órgãos públicos.
“São R$ 300 bilhões, pelo menos, que economizamos para o futuro sem atingir nenhum dos funcionários atuais, simplesmente pelo disciplinamento e meritocracia nas contratações futuras”, afirmou.
“O presidente precisava de R$ 30 bilhões a mais, e o Senado não avançou com a reforma do Imposto de Renda, que daria essa fonte”, disse. “A reformulação [do teto] é tecnicamente correta, as despesas e o teto estão casados”, declarou.
Na última semana, o texto aprovado da PEC dos Precatórios na comissão especial da Câmara dos Deputados adia o pagamento de parte das dívidas judiciais da União e altera a regra de correção do teto de gastos. No entanto, a PEC ainda precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados.
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