Vice-presidente da Comissão de Direito Militar da OAB-BA, o advogado criminalista Dinoermeson Nascimento saiu em defesa dos colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs) após ofensivas do governador Rui Costa (PT) diante do aumento dos casos de violência no estado.
O chefe do Executivo baiano atribuiu crescimento de homicídios à política armamentista do governo federal, responsabilizando os CACs pela entrada de armas no país e, consequentemente, nas mãos de grupos criminosos.
“Esse é um tema extremamente sensível e eu tenho certeza que, na corrida eleitoral que estamos iniciando mesmo que na condição de pré-candidatos, nós já temos vários políticos explorando essa questão da possibilidade da política de arma de fogo no Brasil”, disse Dinoermeson.
“Nós temos os CACs, que são os atiradores esportivos, que a legislação que esses esportistas comprem armas de fogo. E nós temos aí uma balela, uma mentira do governador quando ele culpa a entrada de armas no Brasil em relação ao aumento da violência”, avaliou.
“Se nós observarmos as operações policiais, as apreensões dos fuzis e as apreensões das armas, verificamos que nenhuma dessas armas foram registradas, elas não possuem número de série, ou seja, elas foram contrabandeadas. Elas entraram no Brasil de forma ilegal”, pontuou o advogado.
Para ele, Rui Costa “está tentando de todas as formas culpar o presidente Jair Bolsonaro no que diz respeito à liberação para os CACs dessas armas de fogo”. “É mais um equívoco do governo do Estado, que está tentando manipular. O governo do Estado diz combater tanto as fake news e o governador do Estado toda hora traz uma fake news, principalmente em relação a esse assunto. Já que essas apreensões são realizadas pelas policias, por que não catalogar essas armas e verifica?”, questionou.
Se fosse realmente de fato, eu tenho certeza que o governador traria dados, informações no que diz respeito à numeração dessas armas apreendidas e chegaria, sim, até a pessoa”, acrescentou.
“E outra coisa, é importante salientar que toda arma comprada de forma legal no Brasil, existe todo um protocolo de registro. Então qualquer fato relacionado a esse tipo de armamento é muito fácil chegar ao dono porque existe um registro daquela arma de fogo”, concluiu.