Por Agência Brasil
O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prometeu zerar as filas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e melhorar os índices de educação. Ele está em Porto Alegre, onde participou, na noite desta sexta-feira 816), de um comício ao lado dos candidatos do partido ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, e ao Senado, Olívio Dutra.
Antes do comício, o candidato concedeu uma entrevista coletiva. Durante a conversa, Lula disse ser possível acabar com a espera para receber benefícios previdenciários. “É possível fazer. Se nós voltarmos, vamos fazer isso porque o mundo digitalizado está muito mais moderno e as pessoas que fizeram a primeira vez estão todas vivas e muito dispostas a trabalhar”, declarou.
O candidato lembrou que, quando foi presidente, acelerou o processo de concessão de benefícios ao transferir do trabalhador para o governo a responsabilidade por provar o tempo de serviço. Ele disse que o tempo de atendimento de pedidos de perícia médica, em seu governo, caíram de um ano para, no máximo, cinco dias.
Em relação à educação, Lula criticou a piora nos indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados hoje. A proporção de alunos com problemas na aprendizagem de língua portuguesa subiu de 15,5% em 2019 para 33,8% em 2021.
“O que aconteceu com o Ideb hoje é uma vergonha nacional”, declarou Lula. O índice para os anos iniciais do ensino fundamental caiu de 5,9 para 5,8 na mesma comparação, com os efeitos da pandemia de covid-19 sendo mais sentidos em quem está aprendendo a ler, escrever e fazer contas. O candidato prometeu indicar um ministro da Educação de qualidade para reverter a situação.
Sobre a agricultura familiar, Lula defendeu o aumento da produção de alimentos e a retomada da função de estoque regulador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Ele disse ser possível melhorar a convivência entre o agronegócio e a agricultura familiar sem aumentar o desmatamento.
“Temos muita terra degradada. A gente não precisa tirar meio metro da Amazônia para ninguém plantar nada, muito menos do Pantanal. Cana-de-açúcar, soja, essas coisas não têm que entrar nos biomas que temos que preservar para o bem da humanidade”, declarou. O candidato defendeu o desenvolvimento sustentável e afirmou que não haverá garimpo em terra indígena nem desmatamento em áreas de preservação ambiental.
Lula está em viagem pela Região Sul, onde promove a própria candidatura e a de aliados locais. Amanhã, estará em Curitiba. No dia seguinte, irá a Florianópolis.