O deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), manifestou preocupação com a restrição de atendimento em hospitais públicos do Estado, que acontece como forma de protesto da classe médica contra atraso no pagamento de salários e falta de condições mínimas de trabalho.
A situação prejudica pacientes que buscam atendimento no Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas, e na Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto, em Salvador.
“Alguns meses atrás denunciei que o Hospital Metropolitano era quase um elefante branco, pois nasceu com um potencial gigantesco, porém mais de um ano depois, além de subutilizado, está em crise por falta de planejamento e gerenciamento. A Secretaria Estadual de Saúde precisa começar a trabalhar, pois é por isso que até hoje nada mudou na fila da morte da regulação”, cobrou Alan Sanches.
No Hospital Metropolitano, os profissionais suspenderam as cirurgias eletivas e só atendem os pacientes em casos de urgência e emergência. Segundo informou o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), os médicos que atuam na unidade estão sem receber pagamento desde novembro do ano passado e enfrentam escassez de insumos básicos.
“O Estado tem construído hospitais, mas mostra que não tem condições para gerenciar a saúde da população. Até hoje o Governo do Estado tem jogado para plateia, fingindo que trabalha, sem se preocupar efetivamente em resolver o problema real da população, que é a regulação dos internamentos, mantendo a fila da morte”, acentua Alan Sanches.
Os médicos da Maternidade Professor José Maria de Magalhães Netto também decidiram, por unanimidade, pelo estado permanente de assembleia, diante do risco de haver uma possível rescisão coletiva da equipe por parte da empresa terceirizada, conforme denunciou o Sindimed.
