Desfile do Cortejo Afro e debate sobre identidade negra marcam quarto dia da Bienal do Livro Bahia

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O desfile do Cortejo Afro e a roda de conversa sobre o tema “Identidade no corpo – abordagem da literatura negra nas criações de roupas e tecidos” foram destaques na Bienal do Livro 2024, nesta segunda-feira (29). A atividade aconteceu no Stand Casa das Histórias, um dos espaços que contempla a programação da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) e a Fundação Gregório de Mattos (FGM). A Bienal segue até quarta-feira (1º), no Centro de Convenções de Salvador (CCS), na Boca do Rio.

O bate-papo mediado pelo subsecretário de Cultura e Turismo (Secult), Walter Júnior Pinto teve a participação do diretor de criação da Katuka Africanidades, Renato Carneiro, a estilista Goya Lopes e o artista plástico Alberto Pita. “Temos observado a fotografia, as ilustrações dos livros e hoje, nesse bate-papo supercaloroso, a gente abordou a linguagem no corpo. Estamos com esse trio e suas trajetórias de vida que traz muita representatividade enquanto artistas”, salientou.

Os convidados do debate foram unânimes em pontuar a ligação entre a moda e literatura no processo de criação e encantaram o público ao discorrerem sobre o tema. Antes de entoar o vozeirão no comando do Cortejo Afro, o multiartista Aloísio Menezes fez questão de assistir o debate da roda de conversa.

“Ouvindo o papo de Goya, Pita e Renato passou uma história em minha cabeça. Lembro que antigamente a gente não valorizava o que era feito aqui. E hoje isso acabou. Somos altamente criativos. A Bahia produz, cria e exporta para o mundo. Fico muito orgulhoso de estar aqui sentado hoje nessa roda de conversa ouvindo esses três grandes artistas”, afirmou.

Entusiasta e estudiosa da cultura soteropolitana, a administradora Carina Tinoco, 54 anos, também marcou presença no público que prestigiou o encontro. “A ideia dessa roda é fantástica, não só por trazer esses profissionais que são referências naquilo que fazem, mas pela proposta de abordar a escrita através do corpo. O que vestimos é o que escolhemos para nos representar, levamos as pessoas a reflexões. A forma de vestir é afirmação. Estou amando”, disse.

Sucesso – Para o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, que acompanha a Bienal desde a abertura, na sexta-feira (26), o evento literário é um sucesso absoluto. “Chegamos ao quarto dia hoje com o Centro de Convenções lotado, com um público muito grande de crianças e adolescentes. Falar e fomentar leitura nessa era tão tecnológica é fundamental. A Bienal é espaço para esse debate”, frisa.

Além do Stand Casa das Histórias, a programação com dinâmicas, ações socioculturais e educativas acontece em mais dois espaços dentro da Bienal: o Espaço Infantil e o Café Literário.

Confira a programação dos próximos dias:

Stand Casa das Histórias

Terça-feira (30)
9h às 11h – Produções de Editoras Independentes com professoras da Unifacs, Editora Usina de Textos – Paulinas e Futuca Cuca Editora Escritório de Histórias.

19h – Imagem dos livros – Encontro dos ilustradores da Casa das Editoras Baianas para falar sobre a profissão, com participação de Aline Terranova, ilustradora que cedeu os direitos autorais para uso da imagem do Boca de Brasa, Gregório de Mattos.

Quarta-feira (1º)
10h – Lançamento do Programa Turismo Inclusivo da Diretoria de Turismo (Ditur – Secult) e apresentação do guia turístico em braile.

Espaço Infantil

Terça-feira (30)
13h – Palhaço Tiziu faz apresentação com brincadeiras e histórias animadas, baseadas no livro “As Aventuras e Travessuras no 2 de Julho”.

Quarta-feira (1°)
12h – Biblioterapia com dinâmica de história e montagem de mosaico (colagem em papel ofício), alinhada com os temas transversais contemporâneos, com curadoria literária de Francineide Souza e Deborah Miranda.

Café Literário

Terça-feira (30)
14h – Roda de Conversa com autores selecionados no Selo João Ubaldo – Ano IV.

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