ABI e Sinjorba repudiam xingamento de Bolsonaro à repórter da TV Aratu

Após o ocorrido, Driele Veiga disse: “Um xingamento do presidente para mim é um elogio”

Em visita à Bahia, para inauguração da duplicação de parte da BR-101, no município de Conceição do Jacuípe, a 95 km de Salvador, o presidente da República, Jair Bolsonaro (até hoje sem partido), xingou a repórter da TV Aratu, Driele Veiga [assista vídeo abaixo]. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia – Sinjorba e a Associação Bahiana de Imprensa – ABI emitiram nota criticando o comportamento de Bolsonaro.

Em transmissão ao vivo no Programa Que Venha o Povo – QVP, a jornalista perguntou ao presidente sobre o motivo de posar com uma placa “CPF cancelado” enquanto o país bate recordes de mortes pela Covid-19. O chefe do Executivo, acompanhado dos seus apoiadores, chamou a jornalista de “idiota”.

Em nota [leia na integra clicando aqui] o Sindicato lamentou ter que criticar mais uma vez o comportamento de Jair Bolsonaro e afirma que “a repórter foi xingada somente por estar exercendo seu ofício que é entrevistar aquele investido em cargo público e que o xingamento à jornalista revela imaturidade e traço autoritário do presidente”.

Já a ABI chamou a atitude do presidente de descabida e afrontosa e escreveu [leia na integra clicando aqui] que “a esquiva à pergunta jornalisticamente correta, até pela repercussão da imagem publicada nas redes sociais do principal mandatário do país, já seria incompatível com o exercício da Presidência da República. Agrava a conduta inconciliável com o decoro que se espera de quem tenha a honra de ser escolhido pela maioria do povo brasileiro, a assediosa agressão verbal contra a jornalista”.

A jornalista Driele Veiga comentou o fato após o ocorrido. Em entrevista ao Metro1 ela disse “Um xingamento do presidente para mim é um elogio”. Em sua rede social, Driele ainda lembrou um caso recente em que Bolsonaro desrespeitou outra jornalista. “Só para lembrar que essa não é a primeira vez que o presidente faz isso com a imprensa. A jornalista Patrícia Campos Mello foi ameaçada de morte e teve a família perseguida. Escreveu o livro “A Máquina do Ódio” onde relata sobre os ataques dele aos jornalistas”, publicou.

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