Agricultores baianos apresentam o cacau cabruca em evento na Itália

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O cacau, que já serviu de inspiração para o saudoso poeta Jorge Amado, continua projetando a Bahia para o mundo. Agricultores familiares baianos, dos territórios de identidade Litoral Sul e Baixo Sul, compartilharam a experiência no cultivo do cacau cabruca com os participantes do Terra Madre, maior evento internacional dedicado à cultura alimentar, promovido pelo Slow Food, em Turim, na Itália.

Os representantes baianos Ozaná Crisóstomo, presidente da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidária da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (Coopfesba), do município de Ibicaraí, e Luciano da Silva, do Assentamento Dois Riachões, de Ibirapitanga, participaram da mesa de debate ‘A palavra dos produtores – A Fortaleza Slow Food do Cacau Cabruca do Sul de Bahia, Brasil, no coração da floresta’. Eles apresentaram aos italianos e representantes de outros países suas experiências, desde o cultivo até o beneficiamento do cacau.

O cacau cabruca é um sistema agroflorestal que maneja culturas à sombra das árvores nativas da Mata Atlântica, conservando, desta maneira, a biodiversidade e as espécies nativas.

“O cultivo cacau cabruca é muito importante pra manter o sistema da biodiversidade, pois garante a variabilidade genética das plantas e a continuidade das espécies de animais. Nosso papel aqui no Terra Madre foi apresentar esse cacau agroecológico para o mundo e trocar experiências com os agricultores de outros países, grupos e comunidades que produzem esse alimento, saudável para quem produz e também para quem consome”, destacou Luciano da Silva, que levou o nibs de cacau para apresentar no Terra Madre.

A participação dos agricultores familiares no Terra Madre integra as ações do Bahia Produtiva, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia (SDR). Por meio do projeto, resultado de acordo de empréstimo entre o Governo do Estado e o Banco Mundial, estão sendo investidos R$ 10 milhões na cadeia produtiva do cacau baiano.

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