A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (27) a continuação da bandeira vermelha 2, para o mês de setembro. A decisão ocorre em meio a uma seca histórica na região das hidrelétricas e a falta de novos investimentos na área.
Em vigor desde junho, a bandeira vermelha 2 representa uma cobrança adicional de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos, e é a mais cara das tarifas. A Aneel não atualizou o valor da bandeira como esperavam economistas.
O anúncio segue momento em que os principais reservatórios de água do país estão em nível crítico, devido à falta de chuvas. É a maior estiagem enfrentada pelo Brasil dos últimos 91 anos.
Com a necessidade de novos investimentos na área, o cenário faz com que o governo federal recorra a usinas térmicas, com um custo maior de geração. O valor extra é repassado aos consumidores finais por meio da bandeira tarifária.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que o país enfrente um déficit de energia elétrica em outubro e novembro deste ano caso não adote “recursos adicionais”, que seriam novas unidades de geração de energia que impeçam que o consumo ultrapasse a oferta.
“Sem isso ou uma forte economia de energia, há um grande risco de apagão por causa da degradação no nível de armazenamento dos reservatórios, com a estiagem”, diz a entidade.
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