Após a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 135/19), que dispõe sobre o retorno do Voto Impresso, ser rejeitada e arquivada na Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não cumpriu com a palavra que tinha dado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que encerraria o assunto caso a proposta fosse derrubada pela maioria dos votos.
Nesta quarta-feira (11), Bolsonaro não se conteve e voltou a fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Junto a apoiadores, no cercadinho do Alvorada, o presidente também repetiu, sem provas, fake news de que a eleição de 2022 não será confiável.
De acordo com o G1, Bolsonaro mentiu aos apoiadores afirmando que metade do parlamento votou a favor do voto impresso e que os 218 que votaram contra e os 65 que se abstiveram ou se ausentaram agiram dessa maneira por terem sido chantageados.
“Números redondos, 450 deputados votaram ontem, foi dividido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí”, disse Bolsonaro.
A mentira de Bolsonaro pode ser desconstruída através dos números. Votaram a favor do voto impresso 229 deputados. Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), eram necessários no mínimo 308 votos.
Outros 218 deputados votaram contra o voto impresso. E 65 deputados se abstiveram ou se ausentaram. Aqueles que não votam contribuem para a derrubada da proposta, já que dificultam a chegada na marca dos 308.
Rede, PT, PSOL e PCdoB foram os únicos partidos que votaram integralmente contra o voto impresso. (Com informações de Brasil 247)
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