Bolsonaro pede economia de energia, mas gasta mais na Presidência

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No pronunciamento em rede nacional, no dia 31 de agosto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, pediu em rede nacional que os brasileiros economizassem energia elétrica. O pedido foi devido a condição hidro energética do país que piorou com a falta de investimentos na área, o agravamento da seca e a escassez de chuva em todo o território nacional.

No dia seguinte, nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reforçou o pedido e foi além. Ele recomendou que a população “apague uma luz em casa” para economizar energia, sugerindo também evitar elevadores e tomar banhos frios, quando possível. No entanto, as recomendações não são praticadas por ele no Planalto, que segundo o Portal de Dados Abertos do governo federal, a Presidência da República gastou mais eletricidade nos últimos meses.

No período entre junho e agosto, quando o governo começou a alertar para os riscos da crise hídrica sobre o sistema elétrico, o consumo dos palácios e prédios ligados à Presidência subiu 6% em relação ao mesmo período de 2020, de 2.219.442 quilowatt-hora (kWh) para 2.335.881 kWh. Os dados incluem todo o complexo do Palácio do Planalto, onde o presidente trabalha, e as residências oficiais do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.

Em agosto, Bolsonaro editou um decreto determinando uma meta de redução do consumo de energia no governo federal entre setembro de 2021 e abril de 2022. Os órgãos públicos terão que reduzir o consumo de 10% a 20% em relação à média dos mesmos meses dos anos de 2018 e 2019, anteriores à pandemia.

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