Mesmo sem uma avaliação sobre custos de reconstrução para reerguer a Catedral de Notre-Dame, em Paris, depois do incêndio que aconteceu na segunda-feira (15), mais de 600 milhões de euros (ou R$ 2,6 bilhões) foram arrecadados.
Dois grandes empresários franceses fizeram doações que, somadas, excedem R$ 1 bilhão. Bernard Arnault, dono das marcas Louis Vuitton e Dior, anunciou uma contribuição de 200 milhões de euros (cerca de R$ 875 milhões).
A gigante de cosméticos L’Oréal, anunciou a doação de 200 milhões de euros. A companhia francesa de petróleo Total, também participa com 100 milhões de euros e pelo menos dois dos grandes bancos franceses também doaram milhões de euros. O Société Générale prometeu 10 milhões de euros e o Crédit Agricole anunciou doação de 5 milhões de euros.
François Pinault, dono do Saint-Laurent e Gucci, doou 100 milhões de euros (cerca de R$ 440 milhões).
Nesta terça, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou a liberação de 50 milhões de euros (quase R$ 220 milhões) para restaurar o monumento mais visitado de Paris, que recebe por ano mais de 12 milhões de pessoas.
Hidalgo propôs ainda a realização em Paris de uma conferência internacional de doadores. A região da Ile-de-France, onde se situa a catedral, anunciou outros 10 milhões de euros (R$ 44 milhões) em recursos.
Além das doações de milionários, o presidente francês, Emmanuel Macron, lançou uma campanha nacional de arrecadação. Realizada pela Fundação do Patrimônio, organização privada que promove uma loteria para angariar fundos destinados à conservação de monumentos franceses, a campanha iniciou a arrecadação online nesta terça-feira. Ontem, o site da fundação chegou a congestionar em razão do grande número de acessos simultâneos.
Várias outras campanhas foram lançadas na internet, que já arrecadaram dezenas de milhares de euros. A campanha “Notre-Dame de Paris Je t’aime”, por exemplo, já levantou mais de 22 mil euros (quase R$ 100 mil).
Embora especialistas estimem que a restauração dure décadas, o presidente francês, afirmou nesta terça-feira (16) que a Catedral será reconstruída em até cinco anos.
As causas do incêndio ainda são desconhecidas, mas as investigações apontam para um acidente.
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