O tempo médio de sobrevida das pessoas com AIDS aumentou no país. De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, 70% dos pacientes adultos e 87% das crianças, com a doença, tiveram sobrevida superior a 12 anos – diferente do último estudo, que apontava média de cinco anos. Para a infectologista Clarissa Martinelli, a conquista se deve a um conjunto de ações e estratégias de prevenção e combate ao HIV/AIDS no Brasil, que ampliou a conscientização da população sobre a importância de buscar tratamentos adequados.
Ainda segundo a infectologista, o acesso facilitado aos canais de informação sobre contágio, novas tecnologias e as chamadas profilaxias pós e pré-exposição têm sido aliados para a diminuição de casos e aumento da expectativa de vida. “As pessoas estão cada vez mais conscientes sobre a importância de buscar ajuda logo após tomarem consciência sobre a contaminação pelo vírus HIV”, afirma.
Embora isso seja um grande avanço, para Martinelli, a prevenção ainda continua sendo a principal aliada contra a doença: “Usar camisinha tem que ser um hábito comum da população, pois, além do HIV, existe uma série de doenças sexualmente transmissíveis, tais como herpes e sífilis”.
A estimativa atual é de que mais de 866 mil pessoas convivem com o vírus HIV no Brasil. Apesar de ainda ser considerada uma epidemia, a evolução da doença se mantém estável entre a população. Para se ter uma ideia, em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de AIDS, conforme apontam dados do Ministério da Saúde.
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