Pelo menos 97 escolas municipais de Salvador registraram casos do novo coronavírus após o retorno presencial das aulas, ocorrido no dia 3 de maio. A informação é do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB).
De acordo com a APLB, a situação será remetida ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) para que haja uma intervenção. Além disso, o sindicato também enviou um ofício ao secretário municipal da Educação, Marcelo Oliveira, para que uma reunião seja realizada com urgência.
No ofício, o sindicato pede a revogação do decreto 33.811/2021, responsável por autorizar a retomada das aulas na modalidade semipresencial; o cumprimento rígido, bem como reavaliação, do Protocolo de Retomada das Aulas Presenciais, e a retomada imediata da entrega das atividades impressas que foi suspensa pela Smed, já que a maioria dos alunos da rede não dispõe de recursos tecnológicos para ter acesso às atividades.
Ainda no ofício, a APLB pede qualidade para o ensino remoto, tendo como um dos requisitos a garantia de acesso a tablets para os alunos e professores além de priorizar a vacinação para os trabalhadores em educação que atuam na Smed e em órgãos descentralizados, reimplantação do auxílio-alimentação para todos os trabalhadores que têm direito, entre outros itens.
Em relação aos casos de Covid-19 nas escolas de Salvador, o Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (Sinpro-BA) disse que não há dúvidas de que existe uma subnotificação. Segundo o Sinpro-BA, as escolas particulares estariam omitindo essas informações.
O Sinpro-BA ainda destacou que o cenário de retorno às aulas presenciais e semipresenciais é uma aberração e a maior parte dos envolvidos está omissa em relação ao que tem acontecido. Ainda segundo o Sinpro-BA, não há fiscalização eficiente sobre o cumprimento dos protocolos contra o novo coronavírus.
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