Flávio Matos denuncia à PF perseguição nas eleições em Camaçari e diz que Caetano usa aparato do estado para amedrontar

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O candidato a prefeito de Camaçari Flávio Matos (União Brasil) foi à sede da Polícia Federal, em Salvador, na noite desta quinta-feira (10), para denunciar a perseguição e opressão que ele e seu grupo político estão sofrendo no município durante esta disputa eleitoral. Ele ainda pediu ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) providências urgentes diante dos graves acontecimentos na cidade e acusou o adversário, Luiz Caetano (PT), de usar o aparato do estado para amedrontar.

Flávio relatou que, nesta quinta, a Polícia Militar chegou a ir ao seu escritório político em clara tentativa de intimidação e opressão. Destacou ainda que vários casos têm sido registrados na cidade, a exemplo de mulheres que são obrigadas a tirar camisas azuis na rua e ficar apenas de sutiã, sem que nada seja feito a respeito por parte da Polícia Militar.

“Eu falo diretamente aqui da Polícia Federal em Salvador, acompanhado do jurídico da campanha. Não dá para continuar o que está acontecendo. Hoje pela manhã, no Alto da Cruz, na casa que nasci, no nosso escritório político, fiz vários atendimentos, saí de lá por volta das 14h. Às 15h30, mais ou menos, chegou uma viatura da Polícia Militar, com três policiais fardados. Abordaram a nossa atendente, dizendo que havia uma denúncia de compra de votos naquela residência. Lá fazemos atendimentos políticos. A nossa atendente foi coagida a mostrar anotações, não existia um mandado, não existia uma autorização, simplesmente na tentativa de coagir”, relatou.

Recentemente, um grupo de deputados da oposição ao PT solicitaram oficialmente a presença da Força Nacional na eleição de Camaçari. O requerimento foi encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA). No texto, os parlamentares afirmam que uma facção criminosa tem impedido que Flávio e seu grupo realizem atividades eleitorais no município.

“Não bastasse toda a coação que passamos na campanha, uma opressão que as comunidades têm sofrido, mulheres tendo que tirar as camisas e ficar de sutiã nas comunidades, pessoas que não podem expressar o seu direito ao voto e colocar o adesivo do 44 na sua porta. Isso tem que acabar. Onde isso vai parar? Não dá pra continuar o nosso adversário usando o aparato do estado para nos amedrontar”, salientou.

O candidato do União Brasil ainda cobrou providências do governador Jerônimo Rodrigues. “Nós não vamos nos render, nós iremos até o fim, batalhando para que o direito do eleitor seja garantido e possa expressar o seu sentimento e a sua intenção para o futuro da nossa cidade. Isso não vai ficar assim, nós exigimos respeito e posicionamento do governador. Governador, o senhor não pode estar omisso nessas situações que têm acontecido na eleição da nossa cidade. Isso precisa ter um fim e, principalmente, uma posição do senhor”, finalizou.

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