Apesar de 10% da produção de seringas e agulhas no país ter como destino o exterior, o Brasil restringiu a exportação destes insumos após o fracasso no pregão do Ministério da Saúde na última terça-feira (29). Na ocasião, as empresas ofertaram 7,9 milhões de seringas e agulhas, o que equivale a 2,4% da quantidade necessária para a vacinação contra a Covid-19.
Embora o Governo Federal não tenha admitido o fracasso, a decisão publicada na última quinta-feira (31) por meio de portaria da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia restringe a exportação dos insumos pouco tempo depois de a escassez de oferta se tornar um problema. A venda dos insumos para outros países precisará de “licença especial”, o que dificulta a saída para o exterior.
Pouco após o pregão, as empresas participantes se queixaram que os preços dos insumos estavam abaixo dos praticados e que o edital encomendava seringas e agulhas como um só produto. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), defendeu o governo ao dizer que o mercado se inflacionou após a notícia da compra de centenas de milhões de insumos.
O Brasil ainda não tem data para o começo da vacinação contra a Covid-19, mas governadores de estados, como o governador da Bahia, Rui Costa (PT), se mobilizam para comprar os insumos sem ajuda do Governo Federal.
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