Vídeo: Inaugurada nesta quinta (23), Cidade da Música deve reforçar projeção de Salvador no mundo

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A Cidade da Música da Bahia [veja detalhes abaixo], no Comércio, chega para ampliar ainda mais o cardápio de atrações culturais de Salvador. O equipamento, instalado no Casarão de Azulejos Azuis, foi inaugurado pelo prefeito Bruno Reis nesta quinta-feira (22) e estará aberto para visitação a partir desta sexta (24), após agendamento no site (clique aqui).

A solenidade de entrega do novo museu também contou com as presenças do ex-prefeito ACM Neto, do presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior, do titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, além de um dos curadores do acervo musical, Gringo Cardia, gestores municipais, imprensa e autoridades.

Bruno Reis destacou o quanto a música está intimamente ligada à história da capital baiana, desde os primórdios de sua fundação, em 1549, até os dias atuais, reforçando o potencial que o novo espaço dedicado a essa manifestação artística terá para projeção da cidade. “O prédio, apesar de toda a beleza estética e do valor histórico, estava abandonado e condenado ao desabamento. Agora, completamente restaurado, o espaço passa a abrigar um centro cultural que, certamente, vai projetar ainda mais Salvador no Brasil e no mundo”, afirmou o gestor.

Funcionamento – O funcionamento da Cidade da Música da Bahia será de terça-feira a domingo, das 10h às 17h. O valor do ingresso é R$20 (inteira) e R$10 (meia) – o benefício da meia entrada é extensivo a cidadãos residentes em Salvador, mediante comprovação de endereço. A visitação deverá ser feita através de agendamento prévio.

Cidade da Música da Bahia – Foto: Betto Jr./PMS

A Cidade da Música

Situado em uma localização estratégica e de fácil acesso – próximo ao Elevador Lacerda e ao Mercado Modelo -, o imóvel foi completamente recuperado pela Prefeitura e apresenta a história da música desde os tempos da colonização da primeira capital do Brasil até a explosão de diversidades sonoras dos tempos contemporâneos. Além disso, também será um centro cultural de produção de novas linguagens musicais, com aparelhamento técnico e estúdios para promover novos movimentos.

Gerenciado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), a Cidade da Música da Bahia possui 1.914,76 m² de área construída e possui quatro pavimentos, cuja imersão dos visitantes é proporcionada através da mais moderna tecnologia utilizada atualmente. O piso térreo conta com hall de entrada, recepção/bilheteria, salão de estar, café, loja, biblioteca, midiateca, centro de pesquisa, área de infraestrutura do centro cultural, secretaria, depósito, copa e área de funcionários. A partir daí a viagem ao universo sonoro da capital baiana é monitorada através do próprio smartphone do visitante, a partir do sistema da Cidade da Música a ser acessado através de QR Code e mediante preenchimento do cadastro.

Demais pavimentos – Os pavimentos superiores abrigam acervos permanentes e estão sob as curadorias do antropólogo Antonio Risério e do arquiteto e artista Gringo Cardia, que também atuaram em outro equipamento municipal: a Casa do Carnaval da Bahia, na Praça da Sé. No primeiro andar da Cidade da Música, os visitantes se deparam com a exposição “A Cidade de Salvador e Sua Música”, que retrata bairros da cidade e suas músicas, histórias, depoimentos e novas tendências. O local dispõe de recursos audiovisuais através de uma grande maquete interativa, três grandes telas de projeção, estações de consulta e estúdio para gravação de depoimentos.

O segundo andar, por sua vez, possui na ambientação o tema da Tropicália com ilustrações gigantes de fragmentos da pintura modernista de Genaro de Carvalho. O local abriga a exposição “História da Música na Bahia” com nove cabines de vídeos, além de três salas.

Uma delas é intitulada “A Magia da Orquestra” e exibe conteúdo voltado para a música clássica, mostrando como funciona uma orquestra passo a passo, quais os instrumentos a compõe e vídeo gravado com a Orquestra Sinfônica da Bahia.

A sala “A Nova Música da Cidade” traz experiência imersiva com grande tela de 80 polegadas, onde passam vídeos com grupos novos, cantores em ascensão e grupos periféricos de música. O sistema de iluminação desse local acompanha as luzes do show ou clipe, dando a sensação ao visitante que ele está dentro da tela.

Já a sala “Quem Faz a Música da Bahia” é equipada com uma grande tela na qual são exibidos 260 depoimentos das pessoas mais importantes e representativas da música baiana. Lá, o público também tem acesso a uma edição do vídeo dinâmica em forma de roda de conversa, de maneira a ter um conteúdo interessante em qualquer momento que se entra nela.

O último pavimento da Cidade da Música da Bahia oferece entretenimentos educativos. Há três estúdios de gravação de clipes karaokê onde o visitante escolhe um fundo gráfico e, ao final, tem seu clipe pronto para postar em redes sociais. Uma estação de vídeo mostra todos os clipes que foram gravados. O conteúdo é acumulativo e dá para pesquisar quem gravou.

O cardápio de variedades segue com a sala do “Rap e Trap, poesia consciente” que mostra vídeos de vários rappers, trappers e poetas de todo o Brasil, em especial os artistas jovens da Bahia. Esse espaço tem um pequeno tablado no qual o visitante pode recitar seu rap ou poesia.

E mais: o público pode brincar com jogos da memória sobre a música da Bahia (várias imagens são escolhidas e viram cards informativos); Quiz Game (perguntas e respostas sobre a música baiana baseadas na exposição); e instalações interativas que simulam mesa de som. Nesses equipamentos, é possível mexer os canais de áudio de uma música e entender cada instrumento.

Além disso, há estações para exibições de documentários. Em uma delas dá para assistir depoimentos dos grandes percussionistas baianos e sobre a história da percussão no estado e no mundo. A outra apresenta os principais projetos sociais de música e juventude de Salvador, a exemplos do Pracatum, Projeto Axé, Quabales e Bagunçaço, entre outros.

O terceiro andar ainda tem sala especial de demonstração de um set de percussão onde as pessoas sentam em volta da mesa central. Um monitor do espaço cultural faz uma aula show com a participação final de todos os visitantes. Essa mesma sala está desenhada para ser um estúdio de gravação que acolherá o projeto “Novos Talentos”, no qual a Cidade da Música escolhe quatro jovens artistas por mês e produz a música e um clipe dos selecionados.

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