Inca prevê mais de 6 mil novos casos de câncer de próstata na Bahia

Diagnóstico precoce aumenta em 90% a chance de cura

Com a pandemia do novo coronavírus, as campanhas de prevenção tiveram uma queda com a redução no número de exames e consultas nas mais diversas áreas. No Novembro Azul, especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata, que aumenta as chances de cura para até 90%. O movimento surgiu na Austrália, em 2003, nas comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, celebrado no dia 17 de novembro.

Os oncologistas ressaltam as previsões do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Dos 65.840 casos de novos cânceres de próstata previstos para 2020 no Brasil, 6.130 estarão na Bahia, sendo 1.090 em Salvador.

O câncer de próstata está na primeira posição entre os homens no país, causando 28% das mortes por câncer. Para doença localizada na próstata, o tratamento pode ser feito com cirurgia e/ou radioterapia. Já para a doença localmente avançada, radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal também são indicadas.

Os exames de rotina devem ser feitos aos 50 anos, se o paciente não apresentar histórico familiar. A identificação pode ser feita por exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, em homens com sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou com o uso de exames periódicos em homens sem sinais ou sintomas (rastreamento).

Dr. Augusto Mota, oncologista da Clínica AMO

“Estudos mostram que a população afrodescendente tem mais chances de ter o câncer precocemente e de desenvolver a forma mais grave, o que faz com que a recomendação de exames de rastreio seja iniciada aos 40 anos”, explica o oncologista do Grupo Assistência Multidisciplinar em Oncologia (AMO), Augusto Mota.

O toque retal e o exame de sangue para avaliar a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) são os mais usados para identificar o tumor maligno da próstata, que é confirmado por biópsia. A tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea são exames complementares.

O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade e é mais comum a partir dos 50 anos. Histórico familiar, fatores genéticos hereditários também aumentam as chances da ocorrência da doença. O excesso de gordura corporal e exposição à aminas aromáticas, arsênio e produtos derivados de petróleo também favorecem o surgimento da doença.

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