Diante do posicionamento do Brasil em relação ao assassinato do general Qassem Soleimani, da Guarda Revolucionária do Irã, por um ataque norte-americano, a Chancelaria iraniana pediu explicações à diplomacia brasileira no domingo, informou o jornal “O Globo”.
Como o embaixador do Brasil naquele país, Rodrigo Azeredo, está de férias, a encarregada de negócios da embaixada, Maria Cristina Lopes, representou o governo brasileiro na reunião no Ministério das Relações Exteriores iraniano. A reunião foi confirmada pelo Itamaraty ao jornal, mas o teor da conversa não foi revelado.
“A conversa, cujo teor é reservado e não será comentado pelo Itamaraty, transcorreu com cordialidade, dentro da usual prática diplomática”, informou o Ministério das Relações Exteriores.
Na sexta, o Itamaraty divulgou uma nota praticamente respaldando o assassinato do militar pelos Estados Unidos. O órgão condenou várias vezes o terrorismo e, ainda que não tenha citado nomes, usou uma linguagem diplomática cuja interpretação demonstra que, para o governo brasileiro, o general iraniano e a própria Guarda Revolucionária poderiam ser classificados como terroristas.
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