O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), já está decidido a apontar o presidente Jair Bolsonaro como culpado por mortes causadas por omissões do governo em relação aos povos tradicionais. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.
No entanto, a possibilidade de responsabilizar o presidente divide a CPI da Covid. Dois senadores do grupo majoritário da CPI já disseram em debates internos que não estão convencidos do indiciamento de Bolsonaro por genocídio: o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), e Eduardo Braga (MDB-AM). Caso o racha persista e Renan mesmo assim enquadre Bolsonaro no crime, o consenso no grupo será quebrado e a questão, decidida no voto.
De acordo com Calheiros, seu voto é baseado no entendimento em informações coletadas na CPI e também em pareceres jurídicos entregues à comissão. “Foram todos unânimes”, diz o relator sobre a eventual responsabilização de Bolsonaro por genocídio.
Os dados mostram, entre outras coisas, que a letalidade da doença entre indígenas foi maior do que entre povos não tradicionais: 6,8% contra 5%. E aponta para uma possível subnotificação de casos.
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