Apesar das propostas de cortes nas remunerações e benefícios no funcionalismo público feitas pelo governo Bolsonaro, um levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostrou que os juízes têm 36% da sua remuneração em verbas que não compõem salário.
Poupados da reforma administrativa, seus ganhos extra salariais, que cobrem por exemplo “indenizações, direitos pessoais e eventuais”, somam R$ 12,6 bilhões dos R$ 35,2 bilhões brutos pagos pelas cortes. Foram examinados 871,2 mil contracheques, no período entre setembro de 2017 e agosto de 2020, de magistrados remetidos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por tribunais do Brasil.
Questionado em outra ocasião sobre o fato de os juízes serem poupados da reforma administrativa, o Ministério da Economia alegou que há uma limitação constitucional e que o governo não pode propor novas regras para estas carreiras, embora o posicionamento seja questionado inclusive por alguns juristas.
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