A Justiça Federal negou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ir ao enterro de seu irmão Genival Inácio da Silva, de 79 anos. A Polícia Federal e o Ministério Público, afirmaram que não havia tempo hábil para a logística de transporte do ex-presidente. Estes foram os argumentos seguidos pela juíza Carolina Lebbos. A defesa já havia entrado com recurso no TRF-4 e o desembargador Leandro Paulsen manteve a sentença na madrugada desta quarta-feira, 30.
O velório e sepultamento de Genival acontecem hoje (30) em São Bernardo do Campo, São Paulo. Vavá, como era conhecido Genival, tinha 79 anos e morreu de câncer de pulmão.
A defesa do ex-presidente justificou o pedido citando a Lei de Execução Penal, que no artigo 120 prevê que presos em regime fechado, semiaberto ou provisórios podem obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, no caso de falecimento de cônjuge, companheiros, ascendentes, descendentes ou irmãos.
Segundo uma nota de pesar do Instituto Lula, Vavá enfrentou diversos problemas de saúde nos últimos anos, chegando a ter sua perna esquerda amputada. Assim como o ex-presidente, também foi metalúrgico. “Esperamos que ele [Lula], preso injustamente, tenha o direito de ver Vavá pela última vez, como em 1980, na ditadura, quando saiu da prisão para se despedir de Dona Lindu, sua mãe”, afirma a nota do instituto.
Em meio ao debate, o ex-presidente recebeu o apoio do presidente em exercício, Hamilton Mourão: “É uma questão humanitária. Perder um irmão é sempre uma coisa triste. Já perdi um e sei como é”, disse ele, que acrescentou que se a Justiça decidisse favoravelmente, era “ok”.
Acompanhe o Caderno de Notícias no Facebook, no Instagram e no Twitter.