O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, reuniram-se em São Paulo na noite da última quarta-feira (19), enquanto acontecia a votação do reajuste de salários dos servidores, antes vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. O encontro não foi registrado na agenda oficial deles.
Na conversa, abordaram a possibilidade de reeleição de seus mandatos, que aguarda um aval do STF. Para tratar do assunto, os dois viajaram juntos em avião da Força Aérea Brasileira. Segundo registros da FAB, decolaram de Brasília às 17h30 da quarta-feira, pousando às 18h45 no aeroporto de Guarulhos, pouco antes de o resultado da votação do veto no Senado ser anunciado. Antes de viajarem, tinham se reunido com integrantes da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), na residência oficial do presidente da Câmara.
Segundo reportagem da CNN Brasil, o encontro entre os parlamentares e o ministro estava marcado desde o dia anterior, quando Alcolumbre ligou para o 1º vice-presidente do Congresso o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), pedindo que presidisse a sessão no dia seguinte. O jornal diz ainda que, Maia e Alcolumbre, em São Paulo, ligaram para parlamentares para articular o adiamento para quinta-feira (20) da votação do veto na Câmara, para evitar outra derrota.
Maia e Alcolumbre só retornaram para Brasília na manhã de quinta-feira. Decolaram de Guarulhos às 9h20, pousando às 10h45 na capital federal. Da base aérea, o presidente da Câmara seguiu para a sede da Casa, para reunião com lideranças do Centrão e os líderes do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), para articular a manutenção do veto na votação que ocorreria à tarde.
Procurados pela CNN, Maia e Alcolumbre não se pronunciaram. Os dois aguardam o Supremo julgar ação protocolada pelo PTB do ex-deputado Roberto Jefferson para tentar impedir a reeleição de ambos aos comandos das respectivas casas. O caso é relatado pelo ministro Gilmar Mendes, que já decidiu submeter a decisão ao plenário da corte. O ministro Alexandre de Moraes também não quis responder.
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